sábado, 30 de abril de 2011
Venda de terreno causa polêmica em Juazeiro
São cerca de 750 mil metros quadrados estimados no valor de R$ 20 milhões, localizado em Juazeiro do Norte
Juazeiro do Norte A venda de um terreno se torna polêmica neste Município. A área hoje é uma das mais valorizadas na região, no Sítio São José, próximo à via que divide as cidades de Crato e Juazeiro. Até há alguns anos, não tinha tanto valor imobiliário. São cerca de 750 mil metros quadrados estimados em R$ 20 milhões e conta em valor de cartório numa negociação feita ano passado, no valor de R$ 200 mil.
O problema alegado pela Diocese do Crato, junto à Justiça, é que foi vendido por meio de uma procuração assinada pelo então padre Murilo de Sá Barreto, há quase cinco anos falecido, na pessoa jurídica de São Miguel e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro de Juazeiro. Uma liminar da Justiça impede que seja realizada qualquer tipo de negociação na área, até que seja decidida a questão.
O monsenhor Murilo esteve por 48 anos à frente da então Matriz de Nossa Senhora das Dores. Agora, a decisão fica a cargo do juiz da Comarca de Juazeiro, Erick Omar Soares de Araújo. Os representantes da Igreja, além do advogado Róseo Augusto Jácome Alves, numa coletiva dada à imprensa, apresentaram a ação.
Registro
A negociação para o registro de escritura no cartório foi efetivada ano passado, entre o proprietário Francisco Pereira e sua empresa, a FP Construções e Empreendimentos Imobiliários Ltda., com uso da procuração. A Diocese do Crato está questionando na Justiça a validade desse documento, já que monsenhor já era falecido. A questão tem se tornado polêmica e uma liminar proibiu a venda de lotes. O proprietário, Francisco Pereira, fez a negociação com o então padre Murilo e afirma que tudo está legalizado no cartório desta cidade do Cariri.
Negociação
Ele possui inclusive as notas fiscais da negociação, que ocorreu em duas etapas. A primeira gleba do terreno foi adquirida no ano de 1995. A segunda ocorreu em 1998, com uma negociação envolvendo dois prédios e mais uma parte em dinheiro. Ele já constituiu advogado para se defender, no entanto, agora, a questão está nas mãos da Justiça e ele irá acatar o que for decidido. De acordo com o advogado Carlos Milfont, a negociação foi intermediada na época pelo corretor de imóveis Francisco Morais Borges e como avaliador Jaime Bezerra de Melo.
Segundo o advogado, o seu cliente já investiu cerca de R$ 2,5 milhões com infraestrutura no terreno. Já foram vendidos 700 lotes e já estão construídas na área cerca de 50 casas. Mas o proprietário diz que em nenhum momento teve a intenção de prejudicar ninguém.
Desde que soube da notícia, Francisco Pereira ficou abalado. Já que procurou fazer a negociação dentro dos procedimentos legais. "Não esperava isso. Nunca enganei ninguém e nem vou enganar", diz o atual proprietário do local.
Carlos Milfont ainda ressalta que outras negociações foram feitas na área e não houve nenhuma apelação na Justiça. Ele afirma que em nenhum momento o seu cliente foi procurado para falar da situação e mostrar todos os documentos comprovando a compra. A questão veio à tona 16 anos depois.
Anulação
Em nota divulgada pela Igreja, que destaca o interesse da Paróquia da Basílica Menor de Nossa Senhora das Dores como interessada direta e sendo parte da Diocese do Crato, afirma que a ação proposta busca anular a escritura pública e reintegrar o patrimônio à Basílica Menor, formado pelo Padre Cícero Romão Batista. E também destaca que a administração da Basílica e a Diocese não abrem mão dessa defesa intransigente também do monsenhor Murilo.
Segundo o advogado da Diocese, Róseo Augusto Jácome Alves, a procuração não tinha mais validade, já que o então padre Murilo faleceu em 2007 e a efetivação da compra perante o cartório aconteceu no ano passado. A procuração foi outorgada pelo monsenhor Murilo no ano de 2002. O chanceler do bispado, Policarpo Rodrigues Filho, ressaltou o mérito da Justiça pela decisão da causa. "Temos imenso respeito pela memória do monsenhor Murilo. Vamos lutar para preservar sua memória, já que de alguma forma ele assinou a procuração e o nome dele teve que entrar", diz.
Obras sociais
O bispo dom Fernando Panico, que autorizou o encaminhamento da ação, não esteve presente na coletiva, conforme foi justificado pelo advogado, por motivos de doença. Ele ainda afirmou que, caso a Igreja ganhe a causa, o terreno será utilizado com obras sociais, uma delas o projeto social Poço do Jacó, em Juazeiro do Norte.
O chanceler do bispado afirma que esse questionamento dependerá apenas do juiz, e até poderá ser desfavorável, no sentido de pedido negado. "Apresentamos o pedido e levamos ao conhecimento e vamos supor que o tribunal da segunda ou terceira instância venha dizer que nada disso tem consistência e que a venda está mantida". Na próxima terça-feira, o proprietário dará entrevista para explicar a situação e apresentar os documentos que comprovam a compra do terreno.
Vaticano divulga Oração Coleta da memória litúrgica de João Paulo II
Esta disposição faz parte do “Decreto sobre o culto litúrgico a tributar em honra do Beato João Paulo II, Papa”, publicado pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, com a data de 2 de Abril passado, e agora divulgado.
O texto indica em particular os modos, tempos e lugares para a celebração da Missa de ação de graças, no ano que se segue à beatificação, assim como para a inscrição do novo Beato nos calendários particulares da diocese de Roma e das dioceses polacas, e outros calendários próprios, e ainda para a escolha do Beato como titular de uma Igreja.
Eis a versão portuguesa da Oração Coleta da memória litúrgica de João Paulo II:
Ó Deus, rico de misericórdia,
que escolhestes o beato João Paulo II
para governar a Vossa Igreja como papa,
concedei-nos que, instruídos pelos seus ensinamentos,
possamos abrir confiadamente os nossos corações
à graça salvífica de Cristo, único Redentor do homem.
Ele que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém
Rádio Vaticano
Tirado do túmulo, caixão com corpo de Jão Paulo II: após beatificação, a homenagem dos fiéis
Na manhã desta sexta-feira – em vista da homenagem que será dedicada a João Paulo II logo após a cerimônia de sua Beatificação – foi extraído do túmulo, na Cripta vaticana, o caixão contendo o corpo do Papa Wojtyla, que sucessivamente será colocado na Basílica Vaticana. A operação de abertura do túmulo – informa uma nota oficial da Sala de Imprensa da Santa Sé – teve início bem cedo. Por volta das 9h locais teve lugar um breve momento de oração, com o Arcipreste da Basílica de São Pedro, Cardeal Angelo Comastri, que entoou a Ladainha de todos os santos. Entre os presentes encontravam-se também o Secretário de Estado, Cardeal Tarcisio Bertone, e os cardeais Giovanni Lajolo e Stanislaw Dziwisz, bem como personalidades da Cúria Romana, irmãs do apartamento pontifício de João Paulo II, e responsáveis da Gendarmaria e da Guarda Suíça. Pouco depois, sempre acompanhado pelo canto da Ladainha, o caixão – colocado num carrinho – foi levado num breve percurso até a frente do túmulo de São Pedro, sempre na parte inferior da Basílica, na Cripta vaticana. Ali o Cardeal Bertone recitou uma breve oração concluindo o ato por volta das 9h15 locais. A nota oficial recorda que os restos mortais do próximo Beato haviam sido sepultados dentro de três caixões. O primeiro, de madeira, exposto durante o funeral; o segundo, de chumbo e lacrado; o terceiro, também de madeira, é o mais externo e visível, extraído do túmulo na manhã desta sexta-feira: o seu estado de conservação – especifica a nota – é "bom", embora "manifeste alguns sinais do tempo". "A grande lápide tumular, removida e momentaneamente depositada em outro lugar da Cripta vaticana, está conservada intacta e será transportada para Cracóvia, a fim de ser posteriormente – informa, ainda, o comunicado – colocada numa nova igreja a ser dedicada ao Beato." O caixão com os restos mortais do Papa polonês permanecerá na Cripta vaticana até a manhã de domingo, quando será levado para a Basílica, diante do altar central, para a homenagem do Santo Padre e dos fiéis após a Beatificação. Enquanto isso, a Cripta permanecerá fechada ao público. "A reposição estável do corpo do Beato sob o altar da capela de São Sebastião terá lugar, provavelmente, na noite de segunda-feira, 2 de maio, após o fechamento da Basílica" – conclui a nota. | |||
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Bento XVI decidiu não optar pela canonização imediata de JP II, afirmou vaticani
Cidade do Vaticano, 29 abr (SIR?ACI) - O vaticanista italiano do jornal La Stampa, Andrea Tornielli, afirma que no ano 2005 o Papa Bento XVI considerou, mas finalmente decidiu não optar pela canonização imediata de João Paulo II. Em um artigo publicado hoje, Tornielli escreve que "o Papa Ratzinger não decidiu imediatamente. Conhecia bem seu predecessor e não tinha dúvidas sobre sua santidade pessoal. Quis consultar alguns colaboradores e ao final decidiu derrogar a espera de cinco anos (antes de abrir a causa), mas não por isso evitar a beatificação". O vaticanista comenta ademais que a sugestão da canonização imediata foi feita pelo Cardeal Stanislaw Dziwisz, atual Arcebispo de Cracóvia (Polônia) e que foi secretário pessoal de João Paulo II por mais de 40 anos. Ele indica também que a proposta para não esperar os cinco anos, depois da morte, que indica a norma para abrir uma causa, foi feita pelo Cardeal eslovaco Jozef Tomko, amigo pessoal do Papa João Paulo II e Prefeito Emérito da Congregação para a Evangelização dos Povos. Na opinião de Tornielli, os cardeais da cúria romana tinham acolhido o clamor de centenas de milhares de fiéis que durante os funerais do Papa polonês tinham repetido incessantemente: "Santo sùbito!" (Santo já!). Três anos antes destes acontecimentos, em junho de 2003, uma discussão similar ocorreu no Vaticano pelo caso da Madre Teresa de Calcutá. O então Secretário de estado Vaticano, Cardeal Angelo Sodano, tinha consultado por escrito em nome de João Paulo II a alguns cardeais da cúria romana para pedir-lhes sua opinião quanto à canonização imediata da religiosa e assim proclamá-la santa. A idéia, diz Tornielli, "não desgostava o Papa Wojtyla, mas não se concretizou porque ele optou por ter em conta as objeções dos colaboradores consultados". Assim a Madre Teresa foi beatificada em outubro desse ano e sua causa de canonização segue atualmente seu curso. O Papa Bento XVI beatificará o Servo de Deus João Paulo II no domingo 1º de maio na Praça de São Pedro em Roma, um acontecimento histórico já que será a primeira vez em mais de 10 séculos que um Pontífice eleva aos altares seu predecessor imediato.
Fonte: http://www.catolicos.com.br
Últimos preparativos na Praça de São Pedro para a cerimónia de beatificação
Octávio Carmo, enviado da Agência ECCLESIA ao Vaticano
Cidade do Vaticano, 28 abr 2011 (Ecclesia) – A azáfama dos preparativos de última hora e a presença de milhares de peregrinos dão hoje um outro colorido à Praça de São Pedro, que começou a ser decorada para a beatificação de João Paulo II, no próximo domingo.
Um ecrã gigante, um painel fotográfico e estandartes que assinalam os 26 anos e meio de pontificado de Karol Wojtyla (1920-2005) juntam-se a centenas de cadeiras e às flores que começam a ser colocadas junto ao altar onde o atual Papa, Bento XVI, vai presidir à celebração.
Fora da Praça, está ainda a ser montada a estrutura metálica destinada a acolher as televisões de todo o mundo que vão acompanhar o acontecimento, que acontece pouco mais de seis anos após a morte de Wojtyla, o primeiro Papa polaco.
Da Polónia chegaram já milhares de pessoas, que se vão distribuindo por Roma, mas há também peregrinos de outras nacionalidades, incluindo vários portugueses e brasileiros que chegaram à capital italiana esta manhã, vindos dos aeroportos de Lisboa e do Porto.
Assinalando esta celebração, o Vaticano inaugura na sexta-feira uma mostra dedicada a João Paulo II, em conjunto com as autoridades polacos, para “ilustrar a vida e o pontificado de Karol Wojtyla”.
A exposição, dividida em 15 secções, foi hoje apresentada aos jornalistas acreditados junto da sala de imprensa da Santa Sé, com a presença do Secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, diante do qual foi ainda lançada, oficialmente, uma emissão filatélica conjunta entre o Estado da Cidade do Vaticano e os Correios da Polónia (Poczta Polska).
A beatificação foi anunciada a 14 de janeiro, depois da publicação do decreto que comprovava um milagre atribuído à intercessão de João Paulo II, Karol Wojtyla (1920-2005), relativo à cura da religiosa francesa Marie Simon-Pierre, que sofria de Parkinson, tal como o Papa polaco.
A beatificação é a liturgia que propõe uma pessoa como modelo de vida e intercessor junto de Deus e autoriza o seu culto público na Igreja Católica.
Cidade do Vaticano, 28 abr 2011 (Ecclesia) – A azáfama dos preparativos de última hora e a presença de milhares de peregrinos dão hoje um outro colorido à Praça de São Pedro, que começou a ser decorada para a beatificação de João Paulo II, no próximo domingo.
Um ecrã gigante, um painel fotográfico e estandartes que assinalam os 26 anos e meio de pontificado de Karol Wojtyla (1920-2005) juntam-se a centenas de cadeiras e às flores que começam a ser colocadas junto ao altar onde o atual Papa, Bento XVI, vai presidir à celebração.
Fora da Praça, está ainda a ser montada a estrutura metálica destinada a acolher as televisões de todo o mundo que vão acompanhar o acontecimento, que acontece pouco mais de seis anos após a morte de Wojtyla, o primeiro Papa polaco.
Da Polónia chegaram já milhares de pessoas, que se vão distribuindo por Roma, mas há também peregrinos de outras nacionalidades, incluindo vários portugueses e brasileiros que chegaram à capital italiana esta manhã, vindos dos aeroportos de Lisboa e do Porto.
Assinalando esta celebração, o Vaticano inaugura na sexta-feira uma mostra dedicada a João Paulo II, em conjunto com as autoridades polacos, para “ilustrar a vida e o pontificado de Karol Wojtyla”.
A exposição, dividida em 15 secções, foi hoje apresentada aos jornalistas acreditados junto da sala de imprensa da Santa Sé, com a presença do Secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, diante do qual foi ainda lançada, oficialmente, uma emissão filatélica conjunta entre o Estado da Cidade do Vaticano e os Correios da Polónia (Poczta Polska).
A beatificação foi anunciada a 14 de janeiro, depois da publicação do decreto que comprovava um milagre atribuído à intercessão de João Paulo II, Karol Wojtyla (1920-2005), relativo à cura da religiosa francesa Marie Simon-Pierre, que sofria de Parkinson, tal como o Papa polaco.
A beatificação é a liturgia que propõe uma pessoa como modelo de vida e intercessor junto de Deus e autoriza o seu culto público na Igreja Católica.
Canção Nova cria página na Internet sobre a beatificação de João Paulo II
O Sistema Canção Nova de Comunicação criou uma página especial para a Beatificação de João Paulo II, que será realizada amanhã, dia 01/05, ás 15:00 (horário de Brasília), com transmissão para todo o Brasil, também pela mesma emissora.
http://noticias.cancaonova.com/joaopauloii/
http://noticias.cancaonova.com/joaopauloii/
quinta-feira, 28 de abril de 2011
RAINHA DO CÉU
V/. Rainha do Céu, alegrai-vos, aleluia.
R/. Porque Aquele que merecestes trazer em vosso puríssimo seio, aleluia.
R/. Porque Aquele que merecestes trazer em vosso puríssimo seio, aleluia.
V/. Ressuscitou, como disse, aleluia.
R/. Rogai a Deus por nós, aleluia.
R/. Rogai a Deus por nós, aleluia.
V/. Exultai e alegrai-vos, ó Virgem Maria, aleluia.
R/. Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente, aleluia.
R/. Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente, aleluia.
Oremos. Ó Deus, que vos dignastes alegrar o mundo com a ressurreição de vosso Filho Jesus Cristo, Senhor nosso, concedei-nos, Vo-lo suplicamos, que por sua Mãe, a Virgem Maria, alcancemos os prazeres da vida eterna. Pelo mesmo Cristo, Nosso Senhor. Amém.
terça-feira, 19 de abril de 2011
A Semana Santa
É momento de pensarmos... Deus manda seu Filho para morrer por nós e assim redimir o gênero humano corrompido pelo pecado. Mas Cristo continua morrendo em cada pessoa que desprezamos e não reconhecemos; a Paixão do Senhor se repete na paixão do mundo que sofre o resultado do pecado, ações do homem que cada vez mais se distancia de seu Senhor.
Nestes dias o comércio se movimenta, como também os bolsos em busca do chocolate, do peixe ideal... e os centros urbanos ficam cheios de pessoas vazias; as casas ficaram cheias de pessoas vazias.. E os corações vazios de Deus: mais uma vez Jesus é crucificado!
Nestes dias de profunda espiritualidade, corramos ao encontro do Senhor, para que " sepultados com Ele pelo Batismo, possamos ressurgir para a glória de ressurreição."
Igreja celebra 6 anos da nomeação de Bento XVI
No dia 19 de abril de 2005, os olhos do mundo inteiro estavam voltados para o Vaticano à espera do anúncio de um novo Papa. Às 17h50 a fumaça branca começou a sair pela chaminé da Capela Sistina, o sinal de que os 115 cardeais reunidos haviam eleito o novo sucessor de Pedro.
Poucos minutos depois, Joseph Ratzinger se apresentou diante dos fiéis como um "humilde trabalhador das vinhas do Senhor" adotando o nome de Bento XVI, para recordar Bento XV, "um valente profeta da paz", como assim o definiu.
Queridos irmãos e irmãs, depois do grande Papa João Paulo II, os cardeais elegeram a mim, um simples e humilde trabalhador na vinha do Senhor. Me consola saber que o Senhor sabe trabalhar e agir mesmo com instrumentos insuficientes e, acima de tudo, me confio às vossas orações. Na alegria do Senhor ressuscitado e, confiante na sua ajuda permanente, vamos em frente. O senhor nos ajudará e Maria, sua mãe, estará ao nosso lado". Essas foram suas primeiras palavras como novo Papa pronunciadas aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano.
O 264º Papa na história da Igreja assumiu com a difícil missão de suceder o estimado João Paulo II. Quando assumiu o pontificado e, ainda hoje, a mídia causa certa resistência às mensagens de Bento XVI. Mas seu amor por Cristo e por Sua Igreja e sua sensibilidade diante das angústias humanas foram possíveis constar nesses seis anos de pontificado por meio de seus discursos e seu olhar simples e sereno.
“Rezem por mim para que eu aprenda sempre mais a amar o Senhor. Rezem por mim para que eu aprenda sempre mais a amar o seu rebanho, vocês, Santa Igreja. Cada um de vocês particularmente e vocês todos. Rezem para que eu não fuja por medo, diante dos lobos", disse Bento XVI.
Joseph Ratzinger entra no sexto ano de papado com muitos empenhos e compromissos marcados. A terceira parte do seu livro "Jesus de Narazé", dedicado à infância de Jesus e ao começo de sua pregação, tem lançamento previsto para o fim do ano.
Poucos minutos depois, Joseph Ratzinger se apresentou diante dos fiéis como um "humilde trabalhador das vinhas do Senhor" adotando o nome de Bento XVI, para recordar Bento XV, "um valente profeta da paz", como assim o definiu.
Queridos irmãos e irmãs, depois do grande Papa João Paulo II, os cardeais elegeram a mim, um simples e humilde trabalhador na vinha do Senhor. Me consola saber que o Senhor sabe trabalhar e agir mesmo com instrumentos insuficientes e, acima de tudo, me confio às vossas orações. Na alegria do Senhor ressuscitado e, confiante na sua ajuda permanente, vamos em frente. O senhor nos ajudará e Maria, sua mãe, estará ao nosso lado". Essas foram suas primeiras palavras como novo Papa pronunciadas aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano.
O 264º Papa na história da Igreja assumiu com a difícil missão de suceder o estimado João Paulo II. Quando assumiu o pontificado e, ainda hoje, a mídia causa certa resistência às mensagens de Bento XVI. Mas seu amor por Cristo e por Sua Igreja e sua sensibilidade diante das angústias humanas foram possíveis constar nesses seis anos de pontificado por meio de seus discursos e seu olhar simples e sereno.
“Rezem por mim para que eu aprenda sempre mais a amar o Senhor. Rezem por mim para que eu aprenda sempre mais a amar o seu rebanho, vocês, Santa Igreja. Cada um de vocês particularmente e vocês todos. Rezem para que eu não fuja por medo, diante dos lobos", disse Bento XVI.
Joseph Ratzinger entra no sexto ano de papado com muitos empenhos e compromissos marcados. A terceira parte do seu livro "Jesus de Narazé", dedicado à infância de Jesus e ao começo de sua pregação, tem lançamento previsto para o fim do ano.
sábado, 16 de abril de 2011
Principais críticas pela imprensa
Uma crítica feita pelos meios de comunicação à escolha de Joseph Ratzinger foi que o papado continua na Europa e mais uma vez a América Latina (região do mundo com mais católicos) continua sem ter tido nenhum Papa. Outra foi sobre a postura pouco clara em relação aos crimes sexuais contra menores nos EUA e a sua firme negação do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo em todo o mundo.
Bento XVI, como seus predecessores, é contrário à ordenação de mulheres e defende a necessidade de moralidade sexual. Para ele, "a única forma clinicamente segura de prevenir a SIDA (AIDS) é se comportar de acordo com a lei de Deus", condenando o uso de preservativos, no que é criticado por muitas correntes sociais. No entanto, é apoiado nestas opiniões por todos os movimentos da igreja, como o Caminho Neocatecumenal, a Renovação Carismática, os Focolares e a Comunhão e Libertação, por exemplo.
Em setembro de 2006, Bento XVI provocou protestos no mundo muçulmano, devido a uma citação que fez na Universidade de Ratisbona (onde lecionou antes de ser nomeado cardeal) durante visita à Alemanha, em que fez referência à posição do imperador bizantino Manuel II Paleólogo sobre Maomé.
Em agosto-setembro de 2007, em documento da Congregação para a Doutrina da Fé, reafirmou que a Igreja Católica é a "única verdadeira" e a "única que salva", o que provocou muitas críticas de igrejas protestantes.
Por decreto de 21 de janeiro de 2009, o cardeal Giovanni Battista Re, Prefeito da Congregação para os Bispos, usando de faculdade concedida pelo Papa Bento XVI, removeu a censura de excomunhão latae sententiae declarada por esta Congregação no dia 1 de julho de 1988 contra quatro bispos ordenados em 1988 pelo falecido e tradicionalista arcebispo Marcel Lefebvre, com o rito da "bula de Pio X", em desacordo com as regras estabelecidas pelo Concílio Vaticano II, ordenação considerada ilegítima pela Igreja Católica.[29]
A Secretaria de Estado do Vaticano esclareceu que "os quatro bispos, apesar de terem sido liberados da pena de excomunhão, continuam sem um função canônica na Igreja e não exercem licitamente nela qualquer ministério." e que este "foi um ato com que o Santo Padre respondia benignamente às reiteradas petições do Superior Geral da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, na esperança de que os beneficiados manifestassem sua total adesão e obediência ao magistério e disciplina da Igreja."
Dentre os quatro reintegrados com o levantamento da excomunhão está o bispo Richard Williamson, religioso inglês, que dirige um seminário lefebvriano na Argentina e nega o Holocausto. O Vaticano tornou público que o bispo Williamson, para ser admitido nas funções espiscopais na Igreja, terá de retratar-se de modo absoluto, inequívoco e público de sua postura sobre a Shoah, desconhecidas pelo Santo Padre no momento da remissão da excomunhão.
Bento XVI, como seus predecessores, é contrário à ordenação de mulheres e defende a necessidade de moralidade sexual. Para ele, "a única forma clinicamente segura de prevenir a SIDA (AIDS) é se comportar de acordo com a lei de Deus", condenando o uso de preservativos, no que é criticado por muitas correntes sociais. No entanto, é apoiado nestas opiniões por todos os movimentos da igreja, como o Caminho Neocatecumenal, a Renovação Carismática, os Focolares e a Comunhão e Libertação, por exemplo.
Em setembro de 2006, Bento XVI provocou protestos no mundo muçulmano, devido a uma citação que fez na Universidade de Ratisbona (onde lecionou antes de ser nomeado cardeal) durante visita à Alemanha, em que fez referência à posição do imperador bizantino Manuel II Paleólogo sobre Maomé.
Em agosto-setembro de 2007, em documento da Congregação para a Doutrina da Fé, reafirmou que a Igreja Católica é a "única verdadeira" e a "única que salva", o que provocou muitas críticas de igrejas protestantes.
Por decreto de 21 de janeiro de 2009, o cardeal Giovanni Battista Re, Prefeito da Congregação para os Bispos, usando de faculdade concedida pelo Papa Bento XVI, removeu a censura de excomunhão latae sententiae declarada por esta Congregação no dia 1 de julho de 1988 contra quatro bispos ordenados em 1988 pelo falecido e tradicionalista arcebispo Marcel Lefebvre, com o rito da "bula de Pio X", em desacordo com as regras estabelecidas pelo Concílio Vaticano II, ordenação considerada ilegítima pela Igreja Católica.[29]
A Secretaria de Estado do Vaticano esclareceu que "os quatro bispos, apesar de terem sido liberados da pena de excomunhão, continuam sem um função canônica na Igreja e não exercem licitamente nela qualquer ministério." e que este "foi um ato com que o Santo Padre respondia benignamente às reiteradas petições do Superior Geral da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, na esperança de que os beneficiados manifestassem sua total adesão e obediência ao magistério e disciplina da Igreja."
Dentre os quatro reintegrados com o levantamento da excomunhão está o bispo Richard Williamson, religioso inglês, que dirige um seminário lefebvriano na Argentina e nega o Holocausto. O Vaticano tornou público que o bispo Williamson, para ser admitido nas funções espiscopais na Igreja, terá de retratar-se de modo absoluto, inequívoco e público de sua postura sobre a Shoah, desconhecidas pelo Santo Padre no momento da remissão da excomunhão.
Brasão e lema
O escudo adoptado pelo Papa Bento XVI tem uma composição muito simples: tem a forma de cálice, que é a mais usada na heráldica eclesiástica (outra forma é a cabeça de cavalo, que foi adotada por Paulo VI). No seu interior, variando a composição em relação ao escudo cardinalício, o escudo do Papa Bento XVI tornou-se: vermelho, com ornamentos dourados. De fato, o campo principal, que é vermelho, tem dois relevos laterais nos ângulos superiores em forma de "capa", que são de ouro. A "capa" é um símbolo de religião. Ela indica um ideal inspirado na espiritualidade monástica, e mais tipicamente na beneditina." (Da explicação do brasão pela Santa Sé)
Escolheu como lema episcopal: «Colaborador da verdade»; assim o explicou ele mesmo: «Parecia-me, por um lado, encontrar nele a ligação entre a tarefa anterior de professor e a minha nova missão; o que estava em jogo, e continua a estar – embora com modalidades diferentes –, é seguir a verdade, estar ao seu serviço. E, por outro, escolhi este lema porque, no mundo actual, omite-se quase totalmente o tema da verdade, parecendo algo demasiado grande para o homem; e, todavia, tudo se desmorona se falta a verdade».
Expectativas como Papa
Para Daniel Johnson, poder-se-ia esperar uma cruzada rigorosa contra a eugenia e a eutanásia, graças a convivência do papa com as mazelas do nazismo, mas que haveria uma abertura ao ecumenismo, principalmente em relação às igrejas ortodoxas e protestantes. Também dizia que o papa deveria entusiasmar os fiéis com suas interpretações da teologia, animando, por exemplo, os jovens com a Teologia do Corpo, que vê a sexualidade como uma emanação do amor divino.
Considerando toda a sua obra literária, as suas atitudes como sacerdote e bispo ao longo da sua vida religiosa, e ainda do que se verifica dos anos passados à frente da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, Ratzinger possui um pensamento católico ortodoxo que, para muitos de seus críticos, é tido como sendo conservador. Bento XVI tem adotado, no seu Pontificado, propostas semelhantes às do seu predecessor relativos à moral e ao dogma católico.
Na década de 1990 o Cardeal Ratzinger participou da elaboração de documento sobre a concepção humana como sendo o momento da animação. A partir da união do óvulo com o espermatozóide temos uma vida humana perante Deus. Assim, é impossível que a Santa Sé mude sua posição diante das pesquisas com células estaminais (células-tronco) embrionárias ou diante do aborto. Na verdade esperava-se que o Papa reafirmasse o Magistério constante da Igreja sobre estes e outros temas da atualidade relacionados com a Moral, a Ética e a Doutrina Social da Igreja, o que de fato ocorreu.Pensamento teológico
Parte II
Ascensão a bispo e cardeal
Ratzinger foi nomeado Arcebispo de Munique e Freising em 25 de março de 1977, pelo Papa Paulo VI, e elevado a Cardeal no consistório de 27 de junho de 1977 com o título presbiteral de "Santa Maria Consoladora em Tiburtino".Joseph Ratzinger foi consagrado, a 28 de maio de 1977.
Em 1981, foi apontado como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé pelo Papa João Paulo II, cargo que manteve até ao falecimento do seu predecessor. Foi designado cardeal-bispo da Sé Episcopal de Velletri-Segni em 1993, e tornou-se Decano do Colégio dos Cardeais em 2002, tornando-se o bispo titular de Ostia. Participou do Conclave de agosto de 1978 que elegeu o Papa João Paulo I e do conclave de outubro deste mesmo ano que resultou na eleição de João Paulo II.
Era um velho amigo de João Paulo II, compartilhava das posições ortodoxas do Papa e foi um dos mais influentes integrantes da Cúria Romana. A sua posição como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, cargo que exerceu durante vinte e três anos, o colocava como um dos mais importantes defensores da ortodoxia católica. O ex-frade Leonardo Boff, brasileiro, um dos expoentes da Teologia da Libertação, teve voto de silêncio imposto por Ratzinger em 1985 devido às suas posições políticas marxistas.
Eleição
Segundo o vaticanista Lucio Brunelli[22], sem querer estabelecer uma verdade absoluta sobre o resultado final do conclave, fato que certamente esbarra no segredo imposto aos cardeais pela Constituição Apostólica Universi Dominici gregis, na primeira votação, de 18 de abril de 2005,ocorrida por volta das 18:00h, Joseph Ratzinger obteve 47 votos, contra 10 votos de Jorge Mario Bergólio, arcebispo de Buenos Aires e 9 votos para Carlo Maria Martini, arcebispo emerito de Milão. Na segunda votação no dia seguinte, ainda segundo Brunelli, Joseph Ratzinger teria tido aproximadamente 60 votos. Na terceira votação, na manhã de 19 de abril, Ratzinger obteve 72 votos, contra 40 de Jorge Mario Bergoglio. Na votação encerrada na tarde de 19 de abril, Joseph Ratzinger obteve 84 votos, contra 26 de Jorge Mario Bergoglio.
Aos 78 anos, o Cardeal Joseph Ratzinger foi eleito papa pelo colégio de cardeais. O conclave findo em 19 de abril de 2005 foi um dos mais rápidos da história, tendo apenas quatro votações e duração de apenas 22 horas. No dia 24 de abril do mesmo ano tomou posse em cerimônia na Basílica de São Pedro em Roma.[23]
A fumaça branca saiu da chaminé da Capela Sistina às 17h50 daquele 19 de Abril (hora do Vaticano). O nome do cardeal alemão foi anunciado cerca das 18h40 locais, da varanda da Basílica de São Pedro, onde o novo Papa surgiu minutos depois usando o solidéu branco, aclamado por milhares de pessoas que preenchiam a Praça de São Pedro, o coração do Vaticano.
Primeira declaração
Em resposta a esse anúncio, sua primeira declaração ao público, depois de eleito Papa, segue:
(Em breve parte III)
Ratzinger foi nomeado Arcebispo de Munique e Freising em 25 de março de 1977, pelo Papa Paulo VI, e elevado a Cardeal no consistório de 27 de junho de 1977 com o título presbiteral de "Santa Maria Consoladora em Tiburtino".Joseph Ratzinger foi consagrado, a 28 de maio de 1977.
Em 1981, foi apontado como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé pelo Papa João Paulo II, cargo que manteve até ao falecimento do seu predecessor. Foi designado cardeal-bispo da Sé Episcopal de Velletri-Segni em 1993, e tornou-se Decano do Colégio dos Cardeais em 2002, tornando-se o bispo titular de Ostia. Participou do Conclave de agosto de 1978 que elegeu o Papa João Paulo I e do conclave de outubro deste mesmo ano que resultou na eleição de João Paulo II.
Era um velho amigo de João Paulo II, compartilhava das posições ortodoxas do Papa e foi um dos mais influentes integrantes da Cúria Romana. A sua posição como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, cargo que exerceu durante vinte e três anos, o colocava como um dos mais importantes defensores da ortodoxia católica. O ex-frade Leonardo Boff, brasileiro, um dos expoentes da Teologia da Libertação, teve voto de silêncio imposto por Ratzinger em 1985 devido às suas posições políticas marxistas.
Eleição
Segundo o vaticanista Lucio Brunelli[22], sem querer estabelecer uma verdade absoluta sobre o resultado final do conclave, fato que certamente esbarra no segredo imposto aos cardeais pela Constituição Apostólica Universi Dominici gregis, na primeira votação, de 18 de abril de 2005,ocorrida por volta das 18:00h, Joseph Ratzinger obteve 47 votos, contra 10 votos de Jorge Mario Bergólio, arcebispo de Buenos Aires e 9 votos para Carlo Maria Martini, arcebispo emerito de Milão. Na segunda votação no dia seguinte, ainda segundo Brunelli, Joseph Ratzinger teria tido aproximadamente 60 votos. Na terceira votação, na manhã de 19 de abril, Ratzinger obteve 72 votos, contra 40 de Jorge Mario Bergoglio. Na votação encerrada na tarde de 19 de abril, Joseph Ratzinger obteve 84 votos, contra 26 de Jorge Mario Bergoglio.
Aos 78 anos, o Cardeal Joseph Ratzinger foi eleito papa pelo colégio de cardeais. O conclave findo em 19 de abril de 2005 foi um dos mais rápidos da história, tendo apenas quatro votações e duração de apenas 22 horas. No dia 24 de abril do mesmo ano tomou posse em cerimônia na Basílica de São Pedro em Roma.[23]
A fumaça branca saiu da chaminé da Capela Sistina às 17h50 daquele 19 de Abril (hora do Vaticano). O nome do cardeal alemão foi anunciado cerca das 18h40 locais, da varanda da Basílica de São Pedro, onde o novo Papa surgiu minutos depois usando o solidéu branco, aclamado por milhares de pessoas que preenchiam a Praça de São Pedro, o coração do Vaticano.
Primeira declaração
Em resposta a esse anúncio, sua primeira declaração ao público, depois de eleito Papa, segue:
- "Queridos irmãos e irmãs:
- Depois do grande Papa João Paulo II, os senhores cardeais elegeram a mim, um simples humilde trabalhador na vinha do Senhor. Consola-me o facto de que o Senhor sabe trabalhar e actuar com instrumentos insuficientes e, sobretudo, confio nas vossas orações. Na alegria do Senhor ressuscitado, confiados em sua ajuda permanente, sigamos adiante. O Senhor nos ajudará. Maria, sua santíssima Mãe, está do nosso lado. Obrigado."
Bento Xv e Bento XVI
A escolha do nome Bento é uma provável homenagem ao último papa que adoptou o nome Bento, que foi o italiano Giacomo della Chiesa, entre 1914 e 1922. Conhecido como o "Papa da paz", Bento XV tentou, sem sucesso, negociar a paz durante a Primeira Guerra Mundial. O seu pontificado foi marcado por uma reforma administrativa da igreja, possuindo um caráter de abertura e de diálogo. Além disso, Bento XVI sempre foi muito ligado espiritualmente ao mosteiro da beneditino de Schotten, perto de Ratisbona, na Baviera
Alguns analistas, como dom Antônio Celso de Queirós, vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), relacionaram a adoção do nome Bento com a atuação de São Bento de Núrsia (480-547), fundador da Ordem Beneditina e padroeiro da Europa, o que o próprio papa confirmou após a publicação das explicações sobre seu brasão. Após as invasões bárbaras, os mosteiros de São Bento foram responsáveis pela manutenção da cultura latina e grega e pela evangelização da Europa. A escolha do nome deste Santo representaria, portanto, que uma das prioridades do papado de Bento XVI será a "recristianização da Europa".
(Em breve parte III)
Papa Bento XVI completa 84 anos (Parte I)
Papa Bento XVI (em latim Benedictus PP. XVI, em italiano Benedetto XVI), nascido Joseph Alois Ratzinger, (Marktl am Inn, Alemanha, 16 de abril de 1927) é o Papa desde o dia 19 de Abril de 2005.[1] Foi eleito como o 266º Papa com a idade de 78 anos e três dias, sendo o actual Sumo Pontífice da Igreja Católica. Foi eleito para suceder ao Papa João Paulo II no conclave de 2005 que terminou no dia 19 de Abril.
Domina pelo menos seis idiomas (alemão, italiano, francês, latim, inglês, castelhano) e possui conhecimentos de português, ademais lê o grego antigo e o hebraico.[2] É membro de várias academias científicas da Europa como a francesa Académie des sciences morales et politiques e recebeu oito doutorados honoríficos de diferentes universidades, entre elas da Universidade de Navarra, é também cidadão honorário das comunidades de Pentling (1987), Marktl (1997), Traunstein (2006) e Ratisbona (2006).
É pianista e tem preferências por Mozart e Bach. É o sexto e talvez o sétimo (segundo a procedência de Estêvão VIII, de quem não se sabe se nasceu em Roma ou na Alemanha) papa alemão desde Vítor II e, nos seus 80 anos, tem a idade máxima para ser cardeal eleitor. Em abril de 2005 foi incluído pela revista Time como sendo uma das 100 pessoas mais influentes do mundo.O último papa com este nome foi Bento XV, que esteve no cargo de 1914 a 1922, foi o Papa durante a Primeira Guerra Mundial. Ratzinger é o primeiro Decano do Colégio Cardinalício eleito Papa desde Paulo IV em 1555 e o primeiro cardeal-bispo eleito Papa desde Pio VIII em 1829.
Infância e juventude
A sra. Ratzinger, Maria, falecida em 1963, era de procedência tiroleza, do sul da Alemanha, era tida por boa cozinheira e havia trabalhado em pequenos hotéis. O casamento ocorreu em 1920, os filhos Maria e Georg nasceram em 1921 e 1924, Joseph nascera num Sábado de Aleluia e fora batizado no dia seguinte, domingo da Páscoa. A família não era pobre no sentido literal do termo, mas os pais tiveram de fazer muitas renúncias para que os filhos pudessem estudar.Em 1928 a família mudou-se para Tittmoning, na época um lugarejo de cinco mil habitantes, às margens do rio Salzach na fronteira austríaca.Em 1932 a família mudara-se novamente, agora para Aschau, de novo às margens do Inn, um povoado próspero -já que em Tittmoning Ratzinger-pai havia se mostrado demasiado contrário aos nazistas.
Aqueles assumiram o poder em 30 de janeiro de 1933 quando Hindenburg nomeou Hitler chanceler, nos quatro anos em que a família Ratzinger passou em Aschau o novo regime limitou-se a espionar e a ter sob controle os sacerdotes que se lhe mostravam hostis, Ratzinger-pai não só não colaborou com o regime como ajudou e protegeu os sacerdotes que sabia estarem em perigo. Já em 1931 os bispos da Baviera haviam publicado uma instrução dirigida ao clero em que manifestavam a sua oposição às idéias nazistas.A oposição entre a Igreja e o Reich estendia-se ao âmbito escolar: os bispos empreenderam uma dura luta em defesa da escola confessional católica e pela observância da Concordata.
Vocação
Em Aschau começam os primeiros vislumbres da vocação sacerdotal, o jovem Ratzinger se deixa tocar pelos atos litúrgicos do povoado os quais frequenta com piedade, entrementes o avanço do novo sistema político e, com ele, a oposição da Igreja. Em fevereiro de 1937 tem lugar a Kristallnacht em que as juventudes hitleristas apredejam as vitrines das lojas dos judeus. Pouco tempo depois Pio XI promulga a Encíclica Mit brennender Sorge, em que condena as teorias nacional-socialistas. Neste ano seu pai, então sexagenário, aposentou-se e a família mudou-se para Traunstein.[10]
Nos anos de ginásio em Traunstein aprendera o latim que ainda era ensinado com rigor, o que muito lhe valeu como teólogo, pode ler as fontes em latim e grego e, em Roma, durante o Concílio, comenta, foi-lhe possível adaptar-se com rapidez ao latim dos teólogos que lá se falava, embora nunca tivesse ouvido palestras nessa língua. A formação cultural com base na antiguidade greco-latina propiciada naquele ambiente "criava uma atitude espiritual que se opunha às seduções da ideologia totalitária"[11]
Com o Anschluss e a fronteira da Áustria aberta a família pode ir com mais frequência a Salzburgo e em peregrinação a Maria Plain, ali puderam assistir a diversas apresentações musicais: "Foi ali que Mozart entrou até o fundo da minha alma. Não é um simples divertimento: a música de Mozart encerra todo o drama do ser humano", afirma.[12] Pela Páscoa de 1939 ingressa no seminário-menor em Traunstein, por indicação do pároco, para que pudesse iniciar de forma sistemática na vida eclesiástica.
A Guerra
Com a guerra o seminário é requisitado como hospital militar e o diretor o transfere para uns alojamentos vazios das Damas Inglesas de Sparz. A incorporação na Juventude Hitlerista das crianças alemãs tornou-se oficialmente obrigatória a partir de 1938 até o fim do Terceiro Reich em 1945. Até 1939 nenhum seminarista havia entrado na organização, mas o regime exigiu que a partir de março a afiliação fosse obrigatória. Até outubro a direção do seminário em que estava se negou a inscrever os seus alunos mas logo não pode mais impedir a sua inscrição na organização. Assim sucedeu também com Joseph Ratzinger, aos 14 anos.[13] Uma testemunha relata (segundo o Frankfurter Allgemeine Zeitung) que os seminaristas eram uma "provocação para os nazis: se lhes considerava suspeitos de estar contra o regime.[14] Em um documento do Ministério da Educação se lê que a incorporação compulsória às Juventudes Hitleristas "não garantia que os seminaristas realmente se haviam incorporado à comunidade nacional-socialista".[15] Quando fez catorze anos em 1941, portanto, Joseph teve de se incorporar à Juventude Hitlerista [16] e, de acordo com o seu biógrafo John Allen, não era um membro entusiasta.[17] Recebeu gratuidade escolar por pertencer a esse grupo, mesmo não participando de seus encontros, graças à amizade com um professor de matemática filiado ao partido Nacional Socialista, que lhe leccionou no seminário. Por causa da mobilização provocada pela guerra os irmãos Ratzinger deixaram o seminário naquele ano de 1941 e retornaram à casa paterna.
Serviço militar
Em 1943, com 16 anos, foi incorporado, pelo alistamento obrigatório, no Exército Alemão, numa divisão da Wehrmacht encarregada da bateria de defesa antiaérea da fábrica da BMW nos arredores de Munique. Mais tarde, estará em Unterförhrin e Gilching, ao norte do lago Ammer. É dispensado em 10 de setembro de 1944 do serviço na bateria antiaérea de Gilching e poucos dias depois é enviado a um campo de trabalho em Burgenland , na fronteira da Áustria com a Hungria e a Checoslováquia para realizar trabalhos forçados, daí é destinado ao quartel de infantaria em Traustein, de onde desertará pouco tempo depois.[18]
Com a rendição alemã em 8 de maio de 1945 Ratzinger é recolhido preso no campo aliado de concentração de prisioneiros em Bad Aibling, com mais de quarenta mil prisioneiros. É libertado em 19 de junho, apenas dois meses depois de ter completado os dezoito anos, chegou em casa em Traunstein na noite da sexta-feira do Sagrado Coração.[19]
Vida religiosa e acadêmica
Com o irmão, Georg Ratzinger, Joseph entrou num seminário católico. Em 29 de Junho de 1951, foram ambos ordenados sacerdotes pelo Cardeal Faulhaber, Arcebispo de Munique. A partir de 1952 iniciou a sua atividade de professor na Escola Superior de Filosofia e Teologia de Freising lecionando teologia dogmática e fundamental. Em 1953, obteve o doutoramento em teologia com a tese "Povo e Casa de Deus na doutrina da Igreja de Santo Agostinho". Sob a orientação do professor de teologia fundamental Gottlieb Söhngen, obteve a habilitação para a docência apresentando para isto dissertação com título de "A teologia da história em São Boaventura"
Lecionou ainda em Bonn (1959 - 1963); em Münster (1963 - 1966) e em Tubinga (1966 - 1969) onde foi colega de Hans Küng e confirmou uma certa visão tradicionalista como oposição às tendências marxistas dos movimentos estudantis dos anos 1960. A partir de 1969, passou a ser catedrático de dogmática e história do dogma na Universidade de Ratisbona, onde chegou a ser Vice-Reitor.
No Segundo Concílio do Vaticano (1962 – 1965), Ratzinger assistiu como peritus (especialista em teologia) do Cardeal Joseph Frings de Colónia. Foi também quem apresentou a proposta da realização da missa em língua local em vez do latim.Fundou em 1972, junto com os teólogos Hans Urs von Balthasar (1905-1988) e Henri De Lubac (1896-1992), a revista Communio, para dar uma resposta positiva à crise teológica e cultural que despontou após o Segundo Concílio do Vaticano.Recebeu o título de doutor honoris causa das seguintes instituições: College of St. Thomas em St. Paul (Minnesota, Estados Unidos), em 1984; Universidade Católica de Eichstätt, em 1987; Universidade Católica de Lima, em 1986; Universidade Católica de Lublin, em 1988; Universidade de Navarra (Pamplona, Espanha), em 1998; Livre Universidade Maria Santíssima Assunta (LUMSA, Roma), em 1999 e da Faculdade de Teologia da Universidade de Wroclaw (Polônia) no ano 2000 e era ainda Membro honorário da Pontifícia Academia das Ciências.
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